Quando em setembro de 2013 foi
anunciada a suspensão de 14 jogadores salvadorenhos por participação de um
esquema de arranjo de resultados, achava-se que o futebol local havia chegado
ao fundo do poço. No ano seguinte, a federação local acertou contrato com o
treinador espanhol Albert Roca prometendo uma revolução no esporte. Mas menos
de um ano depois a situação beira o caótico.
Há pouco menos de um mês da
estreia da seleção na terceira fase das eliminatórias, os salvadorenhos estão sem
comandante já que no último dia 21 Roca anunciou sua demissão. O espanhol saiu
atirando contra a organização do futebol local, criticando a qualidade dos
gramados e da liga local. O treinador chegou a afirmar em uma entrevista que não
existe um campo no país em condições mínimas para a pratica do esporte: “Aqui
os gramados mais se parecem com os de rúgbi do que com futebol” afirmou Roca em
uma entrevista coletiva.
Para piorar a situação, com o
rebaixamento do Atlético Marte no fim da última temporada, a federação salvadorenha
anunciou que ampliaria de 10 para 12 equipes na primeira divisão nacional. No primeiro
momento foi dito que todas as equipes da segunda divisão seriam convidadas a
participar e um comitê decidiria quem ficaria com as vagas. Mas depois
descobriu-se que uma vaga na primeira divisão custava 100 mil dólares. Atlético
Marte e Chalatenango se valeram do expediente e disputarão a primeira divisão na
temporada 2015-16. Já o Real Destroyer, que conquistou em campo a vaga na elite
ao vencer a segunda divisão, resolveu vender sua vaga ao Sonsonate por 75 mil dólares,
transformando a elite local em um verdadeiro balcão de negócios.
Estádio Cuscatlán: O principal de El Salvador |
Correndo contra o tempo, El
Salvador agora tenta se reerguer visando seguir em frente nas eliminatórias. Com
18 currículos de treinador na gaveta e pouco dinheiro em caixa, acredita-se que
a escolha da federação deve ficar entre o argentino Roberto Gamarra e o
salvadorenho Jorge Rodriguez. Independente do nome, o novo treinador terá muito
trabalho pela frente para eliminar a emergente seleção de Curaçao, invicta sob
o comando de Patrick Kluivert.
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