27 de jul. de 2015

Arranjo de resultados, Venda de vagas e Virada de Mesa: A crise em El Salvador


Quando em setembro de 2013 foi anunciada a suspensão de 14 jogadores salvadorenhos por participação de um esquema de arranjo de resultados, achava-se que o futebol local havia chegado ao fundo do poço. No ano seguinte, a federação local acertou contrato com o treinador espanhol Albert Roca prometendo uma revolução no esporte. Mas menos de um ano depois a situação beira o caótico.



Há pouco menos de um mês da estreia da seleção na terceira fase das eliminatórias, os salvadorenhos estão sem comandante já que no último dia 21 Roca anunciou sua demissão. O espanhol saiu atirando contra a organização do futebol local, criticando a qualidade dos gramados e da liga local. O treinador chegou a afirmar em uma entrevista que não existe um campo no país em condições mínimas para a pratica do esporte: “Aqui os gramados mais se parecem com os de rúgbi do que com futebol” afirmou Roca em uma entrevista coletiva.



Para piorar a situação, com o rebaixamento do Atlético Marte no fim da última temporada, a federação salvadorenha anunciou que ampliaria de 10 para 12 equipes na primeira divisão nacional. No primeiro momento foi dito que todas as equipes da segunda divisão seriam convidadas a participar e um comitê decidiria quem ficaria com as vagas. Mas depois descobriu-se que uma vaga na primeira divisão custava 100 mil dólares. Atlético Marte e Chalatenango se valeram do expediente e disputarão a primeira divisão na temporada 2015-16. Já o Real Destroyer, que conquistou em campo a vaga na elite ao vencer a segunda divisão, resolveu vender sua vaga ao Sonsonate por 75 mil dólares, transformando a elite local em um verdadeiro balcão de negócios.

Estádio Cuscatlán: O principal de El Salvador



Correndo contra o tempo, El Salvador agora tenta se reerguer visando seguir em frente nas eliminatórias. Com 18 currículos de treinador na gaveta e pouco dinheiro em caixa, acredita-se que a escolha da federação deve ficar entre o argentino Roberto Gamarra e o salvadorenho Jorge Rodriguez. Independente do nome, o novo treinador terá muito trabalho pela frente para eliminar a emergente seleção de Curaçao, invicta sob o comando de Patrick Kluivert.

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