Um dos jogadores de futebol dominicanos
que mais rodaram o mundo em toda historia do
futebol local. O arqueiro Miguel Odalis Baez já jogou em clubes da Noruega,
Brasil, Uruguai, Antigua e Barbuda além de clubes de seu país. Conhecido pela
agilidade em baixo das traves, Baez tem trinta anos e já foi convocado cinco
vezes para defender a seleção principal de seu país. Atualmente defende o SAP,
líder disparado da Liga de Antígua e Barbuda mas é pivô de uma polemica com a federação
local que suspendeu Baez (goleiro menos vazado da competição) e Myers (artilheiro
do campeonato) por problemas disciplinares na ultima rodada. Em entrevista a
equipe do Futebol Central, o goleiro falou dos problemas do futebol dominicano,
do seu momento em Antígua e Barbuda e de suas passagem pelo Brasil.
Miguel Baez - É uma liga com muito contato. Os jogos são duros e
por vezes os adversário chegam de forma mais forte que o normal. Em geral são jogos
de bom nível que não deixam a desejar. Em média de 400 a 500 torcedores
costumam assistir os jogos no estádio.
FUTEBOL CENTRAL: SAP tem a melhor defesa dessa edição da Liga. Qual
o segredo do sucesso?
Miguel Baez - Essa é fácil de
responder. Os quatro zagueiros e eu sempre estamos cobrindo uns aos outros e
confiamos cegamente no que o companheiro vai fazer. E claro, nunca damos a bola
por perdida até que não haja mais jeito.
Com a camisa do SAP |
FUTEBOL CENTRAL: O SAP vem liderando a liga com tranquilidade mas a
federação local te suspendeu por quatro jogos além de ter tirado o Myers dos próximos
oito jogos (faltam sete rodadas para o fim do torneio). Acredita que o SAP
conseguirá manter o nível das ultimas atuações?
Miguel Baez - A equipe vai
ser bastante afetada pelas suspensões mas penso que temos outros bons jogadores
que conseguirão manter o ritmo. Acredito que quando eu puder voltar a jogar
ainda estaremos na frente.
FUTEBOL CENTRAL: Falando um pouco do passado. Como foi a experiência
de jogar no Brasil?
(Baez atuou uma temporada pelo
tradicional América da cidade do Rio de Janeiro na temporada 2006)
Baez foi campeão em sua passagem pelo Uruguai |
Miguel Baez - Para falar a verdade foi umas das experiências mais
magnificas da minha carreira. Aprendi muito no futebol brasileiro. Além do que,
a forma de se tratar o jogador é diferente no país e tive o prazer de conhecer
e jogar com jogadores mais famosos e experientes.
FUTEBOL CENTRAL: Como é ser jogador de futebol em um país que tem
preferencia por outros esportes?
Miguel Baez - Apesar de sermos um país de beisebol, o jogador
dominicano tem uma identidade. Entregamo-nos ao jogo. Se necessário morremos
pela camisa que representamos. O
dominicano joga com o coração.
Em ação pelo seu país |
FUTEBOL CENTRAL: Como foi jogar pela seleção dominicana? Pensa que
ainda pode ser convocado?
Miguel Baez - Jogar pela seleção
é uma honra que não consigo descrever em palavras. É como se casar com a mulher
mais bonita da cidade ou ser elegido presidente. É tão difícil explicar que
tenho que dar exemplos. Sempre estou a disposição do meu país e oxalá voltarei
a defender Republica Dominicana.
FUTEBOL CENTRAL: Qual a sua opinião sobre a Liga de futebol de
Republica Dominicana (Liga Mayor)? Gostaria de voltar a jogar na Liga Mayor?
Miguel Baez - A liga do meu país é muito instável. Ninguém sabe
quando ela vai começar ou terminar. Eu adoraria voltar a jogar em casa mas ninguém
nunca sabe quando a liga vai voltar.
FUTEBOL CENTRAL: O que falta para a seleção dominicana conseguir
atingir objetivos maiores como se classificar a Copa Ouro?
Miguel Baez - Temos muito talento. Mas muitos problemas externos
atrapalham nosso jogo. Creio que se nós jogadores e dirigentes trabalhássemos juntos,
conseguiríamos alcançar mais feitos.
FUTEBOL CENTRAL: A liga de Antígua e Barbuda termina em fevereiro. Quais
são seus planos para 2014? Negocia com algum clube?
Miguel Baez - Estou concentrado em fazer o melhor para o SAP então tenho
evitado conversar com outro clube. Primeiro quero vencer a liga. Depois
pensarei no futuro.
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