Falta de investimento, poucas
partidas disputadas e jogadores quase sem experiência internacional. Realidade
quase que unanime entre as seleções piores colocadas no ranking da FIFA. Mas o
caso de Bahamas tem um diferencial: a Federação local praticamente abandonou a
seleção para cuidar do projeto de realizar o mundial de futebol de areia de
2017.
A equipe que enfrentou Bermuda pelas eliminatórias |
Bahamas nunca teve uma seleção de
futebol competitiva. Devido a proximidade com os Estados Unidos, o arquipélago
sofreu grande influência cultural estadunidense, tendo Basquetebol, Futebol
Americano e Basebol como os esportes coletivos mais populares. Além disso, o
iatismo e atletismo são esportes que tradicionalmente recebem mais investimento
e consequentemente conquistam melhores resultados. A Bahamas Football Association
foi fundada em 1967 quando país ainda era uma colônia britânica. Em 1971,
Bahamas disputou os jogos pan-americanos de Cali (Colômbia) sendo goleada pelos
anfitriões e pelos canadenses, mas vencendo Republica Dominicana por 4-2. A
independência veio dois anos mais tarde, mas o progresso da seleção nacional
não vingou. A seleção de Bahamas só começaria a disputar os torneios oficias da
CONCACAF, CFU e FIFA no fim da década de 90 depois de sucessivas desistências.
Lesly St Fleur é considerado o maior jogador da história de Bahamas |
Durante os anos 2000, a Bahamas
FA começou a auxiliar a chegada de jovens locais a colégios e universidades
estadunidenses para inicar um desenvolvimento do futebol local. A seleção
parecia melhorar vencendo algumas equipes caribenhas e chegando ao posto de 136
no ranking da FIFA em 2006. Mas depois de vencer Turcas e Caicos por 10-0 no
placar agregado das eliminatórias para o mundial de 2014 o investimento sendo
redirecionado para a seleção de beach
soccer. Mesmo classificada para a segunda fase daquelas eliminatórias,
Bahamas desistiu da disputa ficando de fora também das eliminatórias para a
Copa do Caribe. Ao todo a seleção nacional ficou quatro anos sem ao menos
disputar um jogo. A volta aos gramado não foi bem-sucedida com duas derrotas
para Bermuda e a eliminação precoce nas eliminatórias para 2018. Mesmo com o
cenário sombrio, Bahamas consegue ter um atleta se destacando
internacionalmente. Se trata do atacante Lesly St Fleur, atualmente no Montego
Bay United da Jamaica. O jogador é o maior artilheiro da história da seleção e
um dos poucos jogadores profissionais do país. Além disso, pela primeira vez um
atleta de Bahamas disputa a CONCACAF Champions League. A esperança de Bahamas
pode ser seguir o exemplo do veloz atacante para sair no futuro da incomoda
última colocação do ranking da FIFA.
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