O recente sucesso caribenho na
Copa Ouro, inspirou a pauta desta reportagem. No cricket os caribenhos são uma
das potencias do esporte já que se unem disputando as partidas pelas West
Indies (Índias Ocidentais). São ao todo 15 países reunidos: Antígua e Barbuda,
Barbados, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lucia, São Cristóvão e
Névis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago, Anguilla, Montserrat, Ilhas
Virgens Britânicas, Ilhas Virgens Americanas e São Martinho. Na história
algumas vezes essa seleção já se juntou para disputar partidas amistosas de
futebol e atualmente foi aceita para disputar partidas não FIFA mas apenas com
jogadores que nunca disputaram partidas internacionais. Para aguçar a
curiosidade o Futebol Central montou essa seleção que com certeza seria
candidata a disputar um mundial.
O goleiro da seleção das índias ocidentais
seria inglês de nascimento mas escolheu defender Montserrat internacionalmente.
Corrin Brooks-Meade começou sua carreira nas divisões de base do Fulham mas
nunca disputou uma partida pela equipe principal. Depois de passar por algumas
equipes de divisões inferiores inglesas, o goleiro se aventurou no futebol
cipriota em 2008 e nunca mais saiu de lá. Atualmente pertence ao Nea Salamis,
equipe da primeira divisão do Chipre, que na última temporada terminou a liga
na nona posição da tabela. Com 27 anos, o goleiro estreou em 2015 na seleção de
Montserrat.
O outro representante da terra de
Bob Marley na defesa é Michael Hector. Com apenas 23 anos e também nascido na
Inglaterra se profissionalizou pelo Reading mas rodou por diversos clubes
ingleses e escoceses antes de receber uma oportunidade na segunda divisão inglês.
Com 1,93 m de altura, o zagueiro recebeu sua primeira oportunidade
internacional na Copa América disputada no Chile e foi um dos destaques da
seleção que fez boas exibições contra Uruguai, Paraguai e Argentina. Assinou
novo contrato com o Reading podendo permanecer na equipe até 2018.
O xerife da zaga é o experiente
Emmerson Boyce. Passou por Luton Town e Crystal Palace antes de chegar ao Wigan
onde se tornou uma lenda. Já são novem temporadas seguidas na equipe inglês,
sendo sete na primeira divisão. Escolheu defender Barbados em 2008 já que os
pais nasceram no país caribenho. Pela seleção azul e amarela marcou dois gols
sendo o ultimo nesta temporada contra Aruba pelas eliminatórias para o mundial
2018. Com 35 anos seria o pilar da defesa.
O único representante de um país
sul-americano na West Indies seria o lateral esquerdo Matthew Briggs. Também inglês
de nascimento, Briggs participou de todas as seleções de base do país europeu
mas escolheu esse ano jogar pela Guiana (país de seus avós). Outro jovem
talento caribenho, Briggs começou no Fulham e rodou por clubes menores para
ganhar experiência. Na última temporada jogou pelo Colchester United da
terceira divisão e por lá permanecerá por mais duas temporadas depois de acertar
contrato com o clube.
Capitão da seleção jamaicana,
Rodolph Austin seria o cão de guarda da equipe. Começou sua carreira no Portmore
United de sua terra natal, onde conquistou dois títulos jamaicanos e uma copa caribenha
de clubes. Após uma transferência para o Brann da Noruega chegou ao tradicional
Leeds da Inglaterra onde jogou três temporadas na segunda divisão inglesa
marcando quinze gols. Está sem clube neste momento, mas a especulação em torno
do seu nome é grande, ainda mais depois da excelente campanha na Copa Ouro.
Desde 2004 na seleção, já disputou 71 partidas internacionais.
O outro volante da equipe seria o
trinitino Khaleem Hyland. O jogador é o único da equipe a nunca ter jogado na
Inglaterra. Depois de começar no San Juan Jabloteh da elite trinitina, se
transferiu para a Bélgica onde fez sucesso com a camisa do Zulte Waregem. Em 2011-12
chegou ao tradicional Genk onde se firmou como titular ajudando a equipe a
vencer a Copa da Bélgica em sua segunda temporada no clube. Já disputou 48
jogos pela seleção trinitina tendo anotado 3 gols internacionais. Começará sua primeira
temporada no Westerlo, também belga.
Meia ligeiro formado nas
categorias de base do Tottenham, Simon Dawkins seria o motorzinho da equipe. Nunca
disputou uma partida pela equipe principal dos Hotspurs mas fez sucesso no San
Jose Earthquakes dos EUA. Atualmente defende as cores do Derby County sendo um
dos homens de confiança do treinador Steve McLaren. Outro inglês de nascimento,
Dawkins estreou pela seleção jamaicana em 2014 e faz parte do recente sucesso
de sua seleção.
Jovem inglês formado pelo QPR, Josh
Parker nunca fez muito sucesso nas divisões inferiores na terra da rainha. Sua melhor
passagem foi pelo Oxford antes de chegar ao Domzale da Eslovenia. E no leste
europeu o camisa 10 se encontrou. Anotou 14 gols em 1 temporada e meia no clube
o que despertou o interesse do Estrela Vermelha, um dos maiores clubes da
Sérvia onde já participou da campanha do vice-campeonato da última temporada. Escolheu
defender Antígua e Barbuda em 2010 depois de receber um convite de um
companheiro de clube que também defendia a seleção antiguana.
Arrumar uma vaga no ataque da
equipe caribenha não seria tarefa fácil. Um dos escolhidos com certeza seria o
jamaicano Darren Mattocks. Conhecido com Superman nos EUA, atua no Vancouver
Whitecaps da MLS. Apesar de ter nascido na Jamaica, fez toda sua carreira na
América do Norte onde começou no futebol universitário. Foi o autor de um dos
gols contra os EUA na semifinal da Copa Ouro, uma das maiores vitórias da seleção
jamaicana na história.
Líder por onde passa, o
artilheiro Kenwyne Jones seria o centroavante do esquadrão caribenho. Chegou a Europa
em 2004 após se destacar na primeira divisão trinitina e já marcou mais de 70
gols na Inglaterra. É o único jogador da West Indies com experiência em Copas
do Mundo já que participou da campanha trinitina em 2006. O camisa 9 pertence
ao Cardiff City mas emprestado para o Bournemouth na última temporada
participou da inédita campanha do pequeno clubes inglês que culminou com o
acesso a elite britânica.
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