24 de jul. de 2015

Montamos a West Indies do Futebol


O recente sucesso caribenho na Copa Ouro, inspirou a pauta desta reportagem. No cricket os caribenhos são uma das potencias do esporte já que se unem disputando as partidas pelas West Indies (Índias Ocidentais). São ao todo 15 países reunidos: Antígua e Barbuda, Barbados, Dominica, Granada, Guiana, Jamaica, Santa Lucia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago, Anguilla, Montserrat, Ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Virgens Americanas e São Martinho. Na história algumas vezes essa seleção já se juntou para disputar partidas amistosas de futebol e atualmente foi aceita para disputar partidas não FIFA mas apenas com jogadores que nunca disputaram partidas internacionais. Para aguçar a curiosidade o Futebol Central montou essa seleção que com certeza seria candidata a disputar um mundial.

O goleiro da seleção das índias ocidentais seria inglês de nascimento mas escolheu defender Montserrat internacionalmente. Corrin Brooks-Meade começou sua carreira nas divisões de base do Fulham mas nunca disputou uma partida pela equipe principal. Depois de passar por algumas equipes de divisões inferiores inglesas, o goleiro se aventurou no futebol cipriota em 2008 e nunca mais saiu de lá. Atualmente pertence ao Nea Salamis, equipe da primeira divisão do Chipre, que na última temporada terminou a liga na nona posição da tabela. Com 27 anos, o goleiro estreou em 2015 na seleção de Montserrat.





Se o goleiro da seleção é pouco conhecido internacionalmente, o lateral direito da equipe tem uma grande rodagem na Inglaterra. Adrian Mariappa também nasceu na Inglaterra e começou sua carreira no Watford onde assinou seu primeiro contrato em 2005. Em 2011-12 foi escolhido pela torcida do pequeno clube inglês como o melhor jogador da equipe na temporada. Desde então foram três temporadas seguidas na primeira divisão inglesa, primeiro pelo Reading depois pelo Crystal Palace. Com pai fijiano e mão de descendência jamaicana, Mariappa ignorou o chamado da seleção da Oceania e aceitou um convite caribenho em 2012 para se integrar aos Reggae Boyz.



O outro representante da terra de Bob Marley na defesa é Michael Hector. Com apenas 23 anos e também nascido na Inglaterra se profissionalizou pelo Reading mas rodou por diversos clubes ingleses e escoceses antes de receber uma oportunidade na segunda divisão inglês. Com 1,93 m de altura, o zagueiro recebeu sua primeira oportunidade internacional na Copa América disputada no Chile e foi um dos destaques da seleção que fez boas exibições contra Uruguai, Paraguai e Argentina. Assinou novo contrato com o Reading podendo permanecer na equipe até 2018.



O xerife da zaga é o experiente Emmerson Boyce. Passou por Luton Town e Crystal Palace antes de chegar ao Wigan onde se tornou uma lenda. Já são novem temporadas seguidas na equipe inglês, sendo sete na primeira divisão. Escolheu defender Barbados em 2008 já que os pais nasceram no país caribenho. Pela seleção azul e amarela marcou dois gols sendo o ultimo nesta temporada contra Aruba pelas eliminatórias para o mundial 2018. Com 35 anos seria o pilar da defesa.



O único representante de um país sul-americano na West Indies seria o lateral esquerdo Matthew Briggs. Também inglês de nascimento, Briggs participou de todas as seleções de base do país europeu mas escolheu esse ano jogar pela Guiana (país de seus avós). Outro jovem talento caribenho, Briggs começou no Fulham e rodou por clubes menores para ganhar experiência. Na última temporada jogou pelo Colchester United da terceira divisão e por lá permanecerá por mais duas temporadas depois de acertar contrato com o clube.



Capitão da seleção jamaicana, Rodolph Austin seria o cão de guarda da equipe. Começou sua carreira no Portmore United de sua terra natal, onde conquistou dois títulos jamaicanos e uma copa caribenha de clubes. Após uma transferência para o Brann da Noruega chegou ao tradicional Leeds da Inglaterra onde jogou três temporadas na segunda divisão inglesa marcando quinze gols. Está sem clube neste momento, mas a especulação em torno do seu nome é grande, ainda mais depois da excelente campanha na Copa Ouro. Desde 2004 na seleção, já disputou 71 partidas internacionais.



O outro volante da equipe seria o trinitino Khaleem Hyland. O jogador é o único da equipe a nunca ter jogado na Inglaterra. Depois de começar no San Juan Jabloteh da elite trinitina, se transferiu para a Bélgica onde fez sucesso com a camisa do Zulte Waregem. Em 2011-12 chegou ao tradicional Genk onde se firmou como titular ajudando a equipe a vencer a Copa da Bélgica em sua segunda temporada no clube. Já disputou 48 jogos pela seleção trinitina tendo anotado 3 gols internacionais. Começará sua primeira temporada no Westerlo, também belga.



Meia ligeiro formado nas categorias de base do Tottenham, Simon Dawkins seria o motorzinho da equipe. Nunca disputou uma partida pela equipe principal dos Hotspurs mas fez sucesso no San Jose Earthquakes dos EUA. Atualmente defende as cores do Derby County sendo um dos homens de confiança do treinador Steve McLaren. Outro inglês de nascimento, Dawkins estreou pela seleção jamaicana em 2014 e faz parte do recente sucesso de sua seleção.



Jovem inglês formado pelo QPR, Josh Parker nunca fez muito sucesso nas divisões inferiores na terra da rainha. Sua melhor passagem foi pelo Oxford antes de chegar ao Domzale da Eslovenia. E no leste europeu o camisa 10 se encontrou. Anotou 14 gols em 1 temporada e meia no clube o que despertou o interesse do Estrela Vermelha, um dos maiores clubes da Sérvia onde já participou da campanha do vice-campeonato da última temporada. Escolheu defender Antígua e Barbuda em 2010 depois de receber um convite de um companheiro de clube que também defendia a seleção antiguana.



Arrumar uma vaga no ataque da equipe caribenha não seria tarefa fácil. Um dos escolhidos com certeza seria o jamaicano Darren Mattocks. Conhecido com Superman nos EUA, atua no Vancouver Whitecaps da MLS. Apesar de ter nascido na Jamaica, fez toda sua carreira na América do Norte onde começou no futebol universitário. Foi o autor de um dos gols contra os EUA na semifinal da Copa Ouro, uma das maiores vitórias da seleção jamaicana na história.




Líder por onde passa, o artilheiro Kenwyne Jones seria o centroavante do esquadrão caribenho. Chegou a Europa em 2004 após se destacar na primeira divisão trinitina e já marcou mais de 70 gols na Inglaterra. É o único jogador da West Indies com experiência em Copas do Mundo já que participou da campanha trinitina em 2006. O camisa 9 pertence ao Cardiff City mas emprestado para o Bournemouth na última temporada participou da inédita campanha do pequeno clubes inglês que culminou com o acesso a elite britânica.


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